sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

O Corredor Amador – XVII

Encerramento de mais 1 ano. Não acredito que faça alguma diferença em nossas vidas o fato de amanhã iniciar um novo ano, uma nova década, etc. Fomos nós que criamos o controle do tempo, através de anos, meses, dias, horas, etc. Para o universo, não faz a mínima diferença. Mas, como o ser humano acha que o universo foi criado só para ele, nem adianta discutir este assunto.
De qualquer forma, vamos seguir os costumes e fazer a avaliação de minha performance em 2010.
Ao contrario de 2009, foi um ano curto em termos de provas. Para mim, é claro!
Só 2, a Meia Maratona de SP em Março e os 25K da Corpore em Maio. Depois, vim pra Recife e só treinos, treinos e treinos.
A Meia de SP fiz um pouco pior do que a Meia de BsAs, mas o percurso paulista é bem mais pesado.
Os 25K me marcaram pela desorganização no início, mas o resto foi muito bom, com um bom tempo ao final.
Agora, os treinos em Recife foram outra conversa.
Muito calor, umidade, sol, chuva, aumento de peso, desmotivação e doenças.
Para encerrar o ano, no domingo passado (26) fiz um treino longo (85') e no meio da corrida senti uma fisgada na coxa esquerda. Continuei até o fim, mas a dorzinha chata ficou. Conclusão, sem treinos nesta semana, só de molho. Tentarei no domingo (2) e ver se já passou.
Hoje à noite, vamos enfiar a pantufa de jaca. Revellion no Cabanga, Enchanté com Ivete Sangalo.
Até 2011!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O Corredor Amador – XVI

Pois é, precisei cancelar minha inscrição na São Silvestre 2010. Até já recebi o reembolso. Meus filhos pediram para passar o final de ano em Recife, por isso a desistência na prova.
Está muito difícil treinar sem objetivo definido.
Passei uma semana com gripe, à base de remédio. Na volta aos treinos, perdi carga. E tome outro recomeço.
Ontem, quando fui fazer meu longo (70'), comecei a passar mal, com enjôo, azia, mal estar. Resultado do almoço, frutos do mar. E olha que não tomei nenhuma bebida alcoólica, só suco de abacaxi.
Estou numa luta danada para descer dos 96/97Kg para os antigos 93Kg.
Este segundo semestre está complicado para correr.
Em novembro teve uma maratona por aqui, que incluiu a meia. Animei, mas precisei viajar a SP.
Tudo isso tem me desmotivado.
Mas vou continuar. Amanhã tenho treino de velocidade. Vou levantar às 5:15 e ir à luta. Sem esmorecer.
Não posso parar, tenho que continuar.
E você? Está pronto para não desistir?

domingo, 10 de outubro de 2010

O Corredor Amador – XV

Já tinha lido sobre a falta de motivação por falta de objetivo, mas achava que era frescura. Pois bem, mais uma vez me enganei.
Desde que mudamos para Recife não tenho mais nenhuma prova em meu calendário, portanto, nenhuma meta declarada, como, por exemplo, reduzir meu tempo nos 10K ou nos 21K.
Pois não é que ficou difícil levantar de manhã cedo, 5h, para fazer os treinos? Mesmo o longo, no domingo de manhã, está sem graça.
Ainda por cima, fiquei com o joelho direito dobrado por muito tempo e voltou a doer. Conclusão, 2 semanas parado. Um tanto pela dor, outro pela preguiça. A muito custo consegui voltar a treinar nesta semana. Sem forçar, mas voltei. Mas mesmo assim.....
A inscrição na São Silvestre 2010 já está feita. Por enquanto é este meu objetivo, e os treinos foram baseados nisto. Mas mesmo assim....
Não sei o que é, mas estou sem gosto pelos treinos. Ainda gosto de correr, mas depois do 7K, sinto que tenho que forçar mais do que antes.
Será que o fator psicológico afeta tanto assim os treinos?
Em Recife faz calor, mas na hora de meus treinos, fica entre 25º e 27º C. Não é tanto assim. Correr na areia dura, com o mar ao lado, o nascer do sol, o vento no rosto, é muito legal e relaxante. Mas mesmo assim.....
Em Sampa colocava 1 corrida por mês, no máximo, 2 meses. A última foi em 30/Mai, lá se vão 130 dias.
Sempre corri contra mim mesmo, e isso me estimulava. Agora, estou desanimando.
Tenho que fazer provas por aqui, mas não sei se será a mesma coisa.
Tenho que recobrar a motivação. Não posso esmorecer.
Vale a pena correr, sempre vale.
E você? Está desmotivado? Vamos lá, bote seu tênis e "pra cima essa viga, rapazes"!

domingo, 22 de agosto de 2010

O Corredor Amador – XIV

Recife ainda está sob o clima de inverno. Isto é, chuvas. A temperatura reduziu um pouco, de manhã cedo está entre 22º e 25ºC. O problema é a umidade, ou, até mesmo, a chuva. Saio para o treino com o tempo seco e no meio do caminho, cai um "toró". Já aconteceu de acordar às 5h, olhar pela janela se não chovia, tomar café, me trocar, chegar no térreo e nem conseguir colocar o pé pra fora do prédio, pois desabou um aguaceiro "arretado".
Não me incomoda correr com chuva, mas não gosto de começar molhado. Pode ser frescura, mas é assim.
Outra dificuldade é com a balança. Durante a semana não tenho problemas, mas chega sexta-feira, quero sair com Telma pra tomar uns chopps ou Original num dos diversos excelentes bares que tem por aqui. No sábado, dia de comer caranguejo e tomar mais cerveja. Está difícil manter a forma. Domingo, dia do "longão", é um sufoco.
Todo o treino que fiz em SP no 1º semestre foi quase que perdido. Estou recomeçando os treinos de base por aqui, pois tenho que me adaptar ao clima de Recife. Estou conseguindo cumprir as planilhas, mas os batimentos cardíacos ainda estão elevados.
Na primeira semana de Agosto fiquei em SP e por lá treinei. Com o frio que estava foi fácil correr. Mesmo às 5:30h da matina. No domingo da volta a Recife (08) fui pro percurso de Campo de Marte, Parque da Juventude, Anhembi, Ponte do Limão, Parque da Água Branca, Minhocão, Rio Branco, Santana. Frio, sol, seco (até demais). Excelente. Na Ponte do Limão emparelhei com outro corredor. Fomos trocando experiências, provas, etc., até eu sair do Minhocão na Helvétia. Não perguntamos os nomes, mas ficou uma estória dele. Interessante, mostra o grau de amor pela corrida.
Quando ele estava começando, foi, de bicicleta, ver uma corrida no Pacaembú. Em seu entusiasmo, pediu para um guardador de carros tomar conta de sua "magrela". Saiu em disparada atrás dos blocos de corredores. Quando acabou a corrida, viu todos ganhando sua medalha, menos ele, que estava de "pipoca". Saiu chateado, mas decido a sempre ter sua medalha ao final. E assim já se vão uns 4 anos, de várias provas e muitas, muitas medalhas.
Ah, já ia me esquecendo...E a "magrela" ao final? Cara, estamos em Sampa....lógico que achou 2. Nem sinal da bicicleta, muito menos do guardador. Mas ele não perdeu a esportiva, voltou pra casa a pé, mas decido a continuar correndo.
E você? Quer ganhar sua medalha? Vamos lá, saia do marasmo, corra.....e deixe sua "magrela" em casa, hein?.

domingo, 1 de agosto de 2010

O Corredor Amador – XIII

Contraturas, fisgadas, tendinites, estiramentos, e tantas outras preocupações com as dores das corridas.
Mas existem outros problemas que podem ser causados, ou potencializados, pela corrida.
Eu já tive 2. Epididimite e hemorróidas. Temas nada agradáveis. Nem de descrever, o que diria de sentir.
No início de meus treinos com acompanhamento, tive epididimite, de novo. Já tinha sofrido disso, mas voltou por correr sem suspensório escrotal. Nome bonito, né?
Na última semana, passei 10 dias de molho por causa das hemorróidas. Na postagem anterior comentei da comida da obra. Pois é, por ser ruim, coloco pimenta. Bem, posso dizer que melhorou o gosto, mas as conseqüências foram desastrosas. E não podia correr. Voltei hoje. Em SP, pois esta semana estou por aqui. Passei Julho em Recife, treinando por lá. Estou me acostumando ao calor e umidade.
Mudando de assunto, Telma comprou a nova versão do MP3 da Sony que citei na postagem VI. Aquele não teve futuro, pois não aguentava o suor. Acabei trocando por um tradicional. Este novo, NWZ-W252, é a prova d'água. Teoricamente, suporta o suor. Estreei hoje, no longão. Vamos ver se passa no teste.
Estreei, também, o tênis da Brooks Adrenaline GTS8 que comprei na Velocitá da Al.Jahú. Entrei na loja, como sempre, sem esperança de encontrar meu tamanho, 45. Muito menos o modelo Adidas Sequence. Por acaso, conheci o Brooks, 45. Preço razoável. Comprei e guardei. Em Recife estou usando meus Adidas, Tempo e Sequence. Em SP, comecei a usar o Brooks e gostei.
E aí? Curado, sem dores? Põe teu tênis novo, que nos encontramos na rua.

domingo, 13 de junho de 2010

O Corredor Amador – XII

Hoje foi um daqueles treinos onde você se lembra por que corre.
Manhã fria e ensolarada. 08:45h, 14º C ao sol. Treino longo. Perfeito. Só troco a camiseta, por uma de manga longa.
80' confortável (13,54km - 5'54"/km) e 15' moderado (2,66km - 5'37"/km). Total 16,21km, 1h35m, com pace 5'51"/km.
Braz Leme, Parque da Juventude (Carandirú), Olavo Fontoura (Anhembi e Sambodromo), Rudge, Rio Branco, Helvetia, Minhocão, Av. Pacaembú, Braz Leme.
Com minhas viagens semanais a Recife, não tenho conseguido manter meu cronograma de treinos (3 vezes por semana).
Tenho corrido por lá, mas não consigo fazer os treinos de velocidade (fartlek). Às 5:30h já está claro, mas quente, por volta de 28º a 29º C. E agora é tempo de chuvas, então a umidade é muito alta.
Treino no calçadão da praia de Boa Viagem, alguns trecho na areia dura, quando a maré permite. O visual é legal, mas o calor me derruba.
Já pedi para meu treinador alterar os treinos a partir de Julho, pois ficarei por lá.
Em 11 de julho tem uma meia maratona, mas acho que não vou correr. Dá vontade, mas preciso me aclimatar ao calor. Ainda mais que em São Paulo está um frio de rachar.
Preguiça de levantar de manhã cedo com frio? Vontade de ficar na cama quentinha? Vamos lá, levanta, toma café da manhã, põe teus apetrechos e saia na rua.
Correr é preciso, senão....teus quilos te perseguem. Pelos menos os meus estão sempre querendo voltar.
Continuo lutando com a balança.
Com as viagens, ando descompensado. Estou lutando para manter os 93Kg. A comida da obra é ruim, como em toda obra, então deixo para comer à noite. Aí, mesmo tentando aliviar, acaba pesando mais na barriga. E sem um treino semanal, a coisa entorna. Chega o fim de semana, saio pra jantar e beber com Telma, e desando mais um pouco. Mas sempre tem o longão para contrabalançar.
E hoje foi um longão perfeito. Para lembrar do prazer de correr.
Vou programar mais uma meia maratona para o segundo semestre. Nem que seja em Recife.
E assim vamos indo, correndo e correndo. Seja onde for.
E aí? Vamos aquecer?


domingo, 30 de maio de 2010

O Corredor Amador – XI

Domingão, 30 de Maio de 2.010. Acordar 5:15h da matina. Frio (15°) e escuro. Às 6h já estava na ponte da Cidade Jardim. Tremenda fila para entrar no estacionamento do Jockey Club e correr os 25K da Corpore. Meia hora para parar o carro. Ainda faltava pegar o kit. Surpresa, fila quilométrica para o kit (chip e camiseta). A largada às 7h, que era uma ótima idéia, foi estragada pela desorganização da Corpore.
No site não dizia que tinha que apresentar o comprovante do número (2421). Fui só com a identidade. Tive que entrar em outra fila para pegar o papel que possibilitava a retirada do kit. Tive que furar a fila. Todos, sem exceção, estavam extremamente irritados com o caos formado.
Fui pra barraca da MPR e me preparei, com a largada, depois de adiada por 15 minutos, já aberta.
Não adiantava ter pressa, era melhor fazer meu alongamento e hidratação. Olhei pro céu para avaliar se ia esquentar ou não. Camisa de manga longa ou curta? Vamos de curta e óculos de sol. Vais esquentar, não muito, mas fará sol. Acertei.
Passei pelo tapete inicial quase às 7:30h.
Vamos acertar o ritmo. César, meu treinador da MPR, passou-me o tempo de 2h21'40" (5'40"/km).
Postos de hidratação (água) a cada 2,5K. Percurso relativamente plano. Subidas apenas no túnel sob a Av. Francisco Morato e na Ponte da Cidade Universitária. Avenidas largas e arborizadas para correr, com bastantes sombras. Paisagem agradável. Bem melhor que a 1/2 de SP.
Tomei meus Carb Up a cada 5K. No 16K peguei uma banana, que não é uma das frutas de minha preferência, mas achei melhor comê-la para evitar possíveis cãibras. Clima e dia agradável, 16º-18º, sol.
Até o 17K mantive o pace programado. Depois, o gás foi acabando. Os últimos 8K fiz a 5'57"/km. No fim, pelo Garmin - 25,06K - 2h23'53" (5'44"/km). Nada mal.
A escolha desta prova foi para avaliar a possibilidade de fazer uma maratona. Como eu imaginava, não tenho vontade de fazer os 42K. Os treinos são muito fortes, tem que fazer musculação, alimentação especial, etc. Muito desgastante.
A Meia Maratona aguento melhor. Consigo encarar.
25K achei que é demais. Melhor ficar até 21K.
Percurso - Nota 10.
Organização - Nota 3.
Liberado o tempo oficial - 2h24'03"
Fotos da prova no album -
25K Corpore 2010
E aí, qual sua próxima prova?

domingo, 7 de março de 2010

O Corredor Amador – X


Meia Maratona de São Paulo (21,097K), 07 de Março de 2010, 08h, Pacaembú.
Céu nublado. Temperatura agradável. Organização da Yescom e patrocínio da Adidas.
No ano passado me inscrevi para os 10K, mas tive um epididimite e não consegui participar.
Fiquei com água na boca e me inscrevi nos 21K em 2010 assim que abriram as inscrições. Nesta semana não consegui treinar devido à chuva na segunda-feira e viagem na quarta-feira.
Mas estava animado. O trajeto não me atraia, mas resolvi em 2010 correr provas mais longas, menos maratonas.
Percurso técnico, algumas subidas e descidas. Saímos pela Av.Pacaembú, R. Marta, Minhocão, R.Helvátia, Barão de Limiera, Duque de Caxias, Mauá, José Paulino, Silva Pinto, Cleveland, voltamos para a Duque de Caxias, Conselheiro Nébias, Eduardo Prado, Av.Rudge, Marques de São Vicente, Viad.Pacaembú, Al. Olga, Tagipuru, Minhocão de novo, R.Marta e Av. Pacaembú. A corrida de 10K era o mesmo trajeto do Circuito das Estações.
A parte do centro de SP não tem nada de bonito. Passamos pela cracolândia. Nenhum parque, só cimento, tudo cinza, nada estimulante.
Nem dá pra comparar com Buenos Aires e seus parques.
Na Rudge (+/- 9h) abre o sol não esperado. Pelo menos não esquentou demais.
Mas tudo bem, a organização estava muito boa, bastante hidratação (+/- 2/2,5k), indicação a cada KM.
Procurei manter o ritmo de 5'30"/km. No fim da Av. Pacaembú dei uma acelerada pois tinha reduzido meu ritmo na volta final do Minhocão. Cheguei cansado, caiu um pouco minha pressão, senti clarear tudo ao meu redor, mas consegui me recuperar e ficou tudo bem.
Tempo final, 1h57'06" (5'31"/km). Acima de Bs.As., mas lá estava frio e plano (1h50'51" extra-oficial, 1h56'17" oficial). Para SP, ficou de bom tamanho.
Próxima corrida, 25K da Corpore, na USP, em 30/Maio.
Nos encontramos lá!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O Corredor Amador – IX

Provas são muito diferente dos treinos?
Sim, muito.
Como dizia Didi, gênio do futebol e criador da folha seca (se não sabe o que é, deixa pra lá!), não o cara dos Trapalhões: "treino é treino, jogo é jogo". Profundo, né?
Mas é verdade. Simples, porém correto.
Você segue as planilhas de treino, sejam de revistas, sejam do treinador. Não sei pra você, mas pra mim, tem vezes que é um sacrifício danado fazer o treino programado. Mas vou lá, faço e me sinto satisfeito, com o dever cumprido, de bem com a vida. No final, foi legal o treino. O problema é vencer a inércia (preguiça) inicial.
Eu treino sozinho, normalmente no bairro em que moro, corro ao redor do Campo de Marte e Santana. Bem cedo. É meio chato, mas é assim mesmo. De vez em quando consigo marcar com Sergio Gomes para treinar na USP ou no Ibirapuera.
Quando muito, vou no sábado cedo no Parque Villa Lobos, Telma e os meninos alugam bicicletas enquanto faço meu treino longo.
Meu desafio nos treinos é melhorar os tempos programados. Nem sempre consigo, principalmente nos treinos de velocidade. Esse treino é o mais difícil. Mas vou lá e tento atingir o previsto. Dou umas paradas para recuperar um pouco do fôlego, afinal não sou mais nenhum menino, e continuo.
Nos treinos longos tem momentos que dá vontade de parar, o cansaço pega, mas vejo outros corredores e continuo firme. Não desisto, diminuo um pouco o ritmo, mas não paro.
Agora, em provas é diferente. Não que eu vá para ganhar ou ficar entre os primeiros. Longe disso.
Mas, ficar no vuco-vuco da largada dá uma injeção de adrenalina muito legal. Você treinou, tem um tempo programado a ser cumprido, mentalizou o trajeto, um monte de gente de teu lado. Você precisa mostrar a você mesmo que os treinos valeram a pena, o sacrifício de correr sozinho, acordar cedo ou deixar de fazer alguma coisa para poder treinar, não foi em vão. Nessa prova você vai melhorar teu tempo, ou concluir em bom estado, ou seja lá o que foi que você se propôs.
A organização da prova, a camiseta, a medalha, o chip no tênis, pegar a água nos postos, tudo é muito legal e especial. Aquela multidão tão louca, ou mais, quanto você.
A preparação na noite anterior. Separar o par de tênis, a roupa, tudo que você precisa. A sensação é muito boa.
O desafio. Sempre tem que ter um desafio. É isso que nos move, nos empurra, nos faz viver.
Seja na corrida, no futebol, no truco, no poker, no trabalho, na vida. Desafio, você contra você. Mais ninguém. Sem truques ou golpes baixos. Você e o asfalto. Teu cronometro, o juiz.
Vai lá, vai pra rua. Se desafie!!!!




sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

O Corredor Amador – VIII

31Dez09_06 São Silvestre. Prova de final de ano. A mais balada de São Paulo. 21 mil inscritos e mais um montão de “pipocas” (não inscritos). 31/12/09. Faltava esta na minha relação de corridas. Em 2008 não tive coragem de corre-la, achava que não tinha preparo físico. Em 2009 foi diferente.

Telma não ficou muito feliz com meu desejo de correr no réveillon, pois tirei a possibilidade da escolha de viajar no fim do ano. Não viajaríamos, a não ser para Ibiúna, mas mesmo assim, tirei uma opção. Passamos no Bourbon Street dançando e bebendo.

César, MPR, me passou o tempo de 1h22’35”. A depender do calor.

Telma nos deixou (Sergio, Nilton e eu) no Trianon por volta das 15:30h. A barraca da MPR estava no estacionamento abaixo do parque. Fomos nos posicionar em frente ao Banco Real na Av.Paulista. Estava o maior vuco-vuco. Um mar de gente. O Garmin não conseguia captar os satélites para fechar minha posição. Torcíamos para chover.

Por volta das 16:45h conseguimos sair. Percebi que não dá pra ser educado numa situação igual a esta. O negócio era sair se enfiando no meio dos outros e correr. Não consegui nem ver onde era o tapete de início de contagem de tempo. Acionei o Garmin no palco do Réveillon. E vamos fazer slalom, desvia pra esquerda, pra direita, passa no meio, só faltava passar por cima. Em frente às câmeras de TV, então, era um horror. Um empurra-empurra pra fazer tchauzinho pra Rede Globo. Um saco! Mas vamos lá!!

Na descida da Consolação pulei pra outra pista e consegui mais espaço. Vamos segurar o ímpeto, pois no final vai fazer falta.

São Luiz, Ipiranga, Praça da República, São João, Minhocão. No centro velho o Garmin perdeu os satélites. Já vinha esquisito, pois na Consolação marcava pace de 2’30”/km. Estava voando, por acaso?

Na São Luiz (4K) o primeiro posto de água. Um copo pra dentro e outro pra resfriar a cabeça.

Ah, o Minhocão!!! Quem não conhece, apanha! Um falso plano! Começou a esquentar. Sol no coco. Abafado, com calor subindo da asfalto. Saímos do Elevado e entramos na Dona Marta, passando pelas ruas do bairro e sair na Av. Pacaembu. O pessoal das casas dessas ruas jogavam água com mangueira. Foram legais e refrescantes!

No trecho Av. Pacaembu, Marquês de São Vicente e Av. Rudge, o calor foi aumentando. Segundo posto de água no 7K.

A subida do viaduto que liga a Av. Rudge com a Av. Rio Branco é de quebrar qualquer um. Como já conheço esse viaduto, abaixei a cabeça e pus força na peruca. Os treinos em Ibiúna e nas ruas do Jd. São Bento tinham que se fazer presentes.

Na Rio Branco (10K), o terceiro posto de água. Hidratar-se e refrescar-se. Estava miando, achando que não ia conseguir. Forcei o pensamento para não desistir.

Largo do Paissandu, Teatro Municipal, Viaduto do Chá, Largo São Francisco. Mais água (12K). Estou melhor. Vou conseguir.

Só faltava a Brigadeiro Luiz Antônio. Estava com medo da famosa subida da Brigadeiro. Agora vamos até o fim, falta pouco, menos de 3K. O sol se escondeu. Muita gente nas ruas, incentivando, torcendo.

Decidi não forçar, pois tinha a festa de ano novo à noite.

Entramos na Brigadeiro (13K). Agora é a hora de ver se eu soube poupar as energias. Cadê a parte íngreme? Passando por baixo do Viaduto 13 de Maio achei que ainda faltava um montão. Que nada, logo passei pelo 14K. Não foi difícil. Achei que fosse pior, mais forte. No fim da Brigadeiro, começou a tocar Coldplay, Viva La Vida, no MP3. Som perfeito para o arranque final. Entro na Paulista acelerando. Nem acredito que fiz a São Silvestre. Acho que fiz por volta de 1h25’. Vou esperar o resultado oficial.

Resultado Oficial - 1h26'27"

Classificação Geral - 5323º

Classificação Faixa Etária - 771º (M4549)

Gostei da prova. Não sei se farei a de 2010, mas vou tentar. Muitas pessoas em todo o percurso. Muita gente correndo. Mas, apesar, da confusão na largada, a organização é muito boa. A medalha é bonita.

Fechei 2009 com chave de ouro. Valeu o esforço e a dedicação nos treinos. As planilhas de treino da MPR deram resultado, pois melhorei meus tempos e não me arrebento no final das provas.

Foi um ano muito diferente dos anteriores, correndo quase todos os meses em alguma prova. Passei pelos 10K, fiz 15K e Meia Maratona.

Para 2010 programarei provas de Meia Maratona, 25K, por aí. Não pretendo fazer muitas de 10K, nem correr todos os meses. Vou tentar intercalar com jogos de rugby dos veteranos.

E aí, como vai ser teu 2010?

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