segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O Corredor Amador – XXI

E fechamos o ano de 2011 com a prova de São Silvestre!
Aproveitei as férias coletivas do trabalho e vim passar as festas com minha esposa e filhos em nosso apartamento em São Paulo.
E, já que estaria por aqui, me inscrevi pra SS11 logo em Setembro.
Acompanhei as diversas mudanças que foram fazendo no percurso ao longo dos meses.
Creio que o trajeto final deva ter sido o 3º apresentado.
Mas enfim, fecharam o que desce pelo Pacaembú.
Não estava lá muito preparado, poi no Recife não tem subidas e descidas, mas como cheguei em Sampa na noite de 23/12, fiz treinos no Jd. São Bento, zona norte de SP, aproveitando as ladeiras por 1 semana. Não foi grande coisa, mas ajudou um pouco. Fiz um (não muito) longo no sábado 24 na USP, também com alguns morros. A musculação que fiz na academia de meu prédio ajudou bastante a encarar a Brigadeiro, pois lá no Recife só corro.
Torci muito pro tempo fechar no dia da corrida, pois em 2009 sofri à beça com o calor. Aliás, até hoje não consegui me acostumar com o calor do Recife.
De qualquer modo, só "chapei o coco" na noite de Natal, no resto da semana nem uma gota de álcool. Já o peso, é outra estória. Está sendo uma luta inglória a minha guerra contra a balança, ainda mais de férias em casa. Nem os treinos tem ajudado muito.
Mas vamos à prova.
Por sorte, os dias em SP tem sido frescos e chuvosos. Isso se repetiu no sábado 31.
Telma me deixou em cima do viaduto da 9 de Julho com a Paulista às 15:50h.
O ponto de encontro da MPR era no estacionamento do Parque Trianon às 16h.
Dei um tempo por lá até começar o aquecimento. 
César, meu treinador da MPR, me passou o tempo de 1h21'. Só podia estar de sacanagem, pois em 2009, que estava bem melhor treinado, fiz em 1h26'. Fui pra 1h30', se tudo desse certo. Não ia me arrebentar, pois à noite tinha festa no Terraço Itália e ia ter que dançar, sem choro e sem vela!
Encontrei um amigo do colegial (ensino médio) do Rio Branco, Luiz Mendonça. Ficamos batendo papo até a largada.
Bem, que já correu a SS, sabe a confusão que é a largada. Gente pra todo lado, empurra-empurra, mais caminha que corre, mas lá fui eu. Dessa vez, fiquei do lado de fora da cerca, em frente ao MASP, esperando começar. Quando largaram (17:30) entramos no meio do povo, já mais perto do início. Não é lá muito correto, mas foi melhor que da 1ª vez.
Largar na Paulista é bem bacana, passa pelo palco da festa de final de ano, muita gente por ali torcendo.
Só que desta vez, em vez de virar à direita na Consolação, mergulhamos no túnel que sai na Dr. Arnaldo, e começou a chover. Pingos grossos, fortes.
E chegou o 1º desafio da prova, a descida do Pacaembú, Rua Major Natanael. Uma multidão colorida desembestando na ladeira molhada. Sem fazer loucura, passei e pegamos a 1ª subidinha, a das curvas bem no estádio, até descer, de novo, à Av. Pacaembú.
Aí foi uma reta só até o Memorial da América Latina, onde fizemos uma entrada e saída rápida na R. Mario de Andrade, daquelas que você percebe que foi necessária para chegar na distancia prevista, neste caso, 15K.
Até aqui, fui bem, caiam uns pingos, mas nada muito forte.
A partir daqui, voltamos ao trajeto original.
Só tomei um susto no início da Av. Rudge, pois Sergio Gomes surgiu do nada ao meu lado, me filmando com o Iphone dele. Como ele não pode correr por estar machucado, foi lá dar uma olhada e torcer pelo amigos. O vídeo ficou muito legal (clique no link da palavra vídeo pra assistir).
Passar pela São João, Ipiranga, Galeria do Rock, Teatro Municipal, Viaduto do Chá e Largo do São Francisco é muito legal. É um pedaço de Sampa que vale a pena conhecer.
E lá veio a temida Brigadeiro Luis Antonio, ou, como dissemos por aqui, Brigantonio Luis Andeiro.
Os posto de água estavam bem distribuídos, a cada 2 K a partir do K4. Teve saquinho de Gatorade na Rio Branco (boa ideia essa do saquinho, bem melhor que copo), junto com portão de hidratação (desnecessário por conta da chuva). Tomei meu gel no K5 e K10. Estava pronto pra subida.
E quase miei, quase chorei na rampa. Mas fui firme, devagar, mas firme. Meu ritmo caiu assustadoramente. Vinha com 2 a 3 minutos abaixo da hora nos 10K. Sabia que tinha que ter um colchão pra gastar na subida.
Meus treinos ruins no Recife começaram a mostrar a cara. Mas cheguei na topo da ladeira, na Paulista. Agora só descida. E abriram as torneiras do céu. Chovia a cântaros. Parecia um dilúvio. Mais um pouco e teríamos que usar pé de pato e boia de braço.
Comecei a descida final preocupado em não me machucar, mas vi que podia acelerar. Não havia problema.  Juntei as últimas forças pros 2K finais, botei um rock forte no mp3 e sentei a bota. Desci acelerado, chuva no corpo resfriando. Entramos no fim da Manoel da Nóbrega e logo viramos na Pedro Alvares Cabral.
Meu garmin marcou 15K faltando 170m pra chegada oficial.
Cheguei com o gás na reserva. Estou esperando o resultado oficial. Pelo meu, 1h29'.
Pontos positivos: excelente hidratação, medalha bacana.
Pontos negativos: Sair de um lugar e chegar em outro, sem retorno e nenhuma opção de metrô, táxi ou ônibus; área de dispersão péssima, virou um lamaçal, sem orientação alguma.
Depois de passar na barraca da MPR e pegar minha bolsa, segui até a 09 de Julho pra conseguir um táxi. Chovia à beça. estava todo molhado e abaixou a temperatura. Entrei no jardim de uma casa da Av. Brasil e atrás de um parede troquei de roupa.
Em relação ao novo percurso, não consegui formar, ainda, uma opinião final. No percurso antigo não gostava de passar pelo Minhocão e uma parte do centro, mas chegar na Paulista é bem mais emocionante, além de ser mais fácil de ir embora. No percurso novo gostei da Av. Pacaembú, apesar de ter ficado um pouco receoso na descida do cemitério, mas não gostei de chegar no obelisco do Ibirapuera, pois a logística é péssima.
Mas, de qualquer maneira, valeu fechar um ano, não muito bom de provas pra mim, com a SS.
E vamos em frente pra 2012!

Ah sim, e a festa? Bebemos todas e dancei a noite toda com Telma. Nem lembrei da corrida.
Feliz 2012!


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